Maestro Levino
O Maestro Levino Ferreira da
Silva nasceu no dia 2 de dezembro de 1890, numa modesta casa da antiga Rua da
Lama, na cidade de Bom Jardim - terra dos Pau darcos, berço natal de grandes
musicistas - em Pernambuco.
Era filho de João Ferreira
da Silva e de Maria Bemvinda do Amor Divino.
Começou a estudar música
muito cedo e aos 10 anos de idade o povo já o admirava porque já compunha.
O primeiro instrumento que
aprendeu a tocar foi a Trompa, na Banda do maestro Tadeu Ferreira.
Estudou com os professores
José Ferreira de Souza Sedícias, Ascendino da Mota Silveira, Cazuza Ferreira e
Pompeu Ferreira.
Em todo seu aprendizado só
fora preciso receber 80 aulas, daí por diante ele aprendeu sozinho.
Aprendeu a tocar todos os
instrumentos de uma banda, tomando o lugar de qualquer músico que faltasse aos
ensaios ou às apresentações em público.
Em 1912, o Mestre Vivo -
apelido pelo qual era conhecido por ter sido considerado morto quando contava
12 meses de idade - era diretor e regente da Banda Musical 22 de
Setembro.
Exerceu as funções de
Maestro nas cidades de Bom Jardim, João Alfredo, Salgadinho, Limoeiro e na
antiga Queimadas, viajando a cavalo.
Aos 36 anos de idade, Levino
Ferreira casou-se com a senhorita Almerinda Amélia da Silva, de 21 anos, na
Igreja de João Alfredo, no ano de 1926, celebrado pelo padre João Pacífico.
Depois de casado só passou
seis meses em Bom Jardim porque o General do Frevo, José Gonçalves Júnior -
mestre Zumba - o levou para Limoeiro para reger a banda Independência.
Em Limoeiro, ele ministrou aulas
de Piano, Violão, Bandolim e Violino; dentre os seus inúmeros alunos, citamos
Carminha Negromonte, Dona Lia Mota, Lourdinha Heráclio, Geralda Magalhães,
Antônio José de Oliveira (mestre Caramuru).
Na Orquestra da Rádio Clube de Pernambuco participou do Quarteto
Ladário Teixeira, sob a direção de Felinho. Seus componentes eram: Felinho - Sax alto; Zumba - Sax tenor; Antônio
Medeiros - Sax alto; Levino Ferreira - Sax barítono.
Em 1945, quando da chegada
ao Recife do dirigível Graf-Zepellin, o seu comandante assistiu a uma apresentação do
quarteto e se mostrou deveras entusiasmado, levando para o velho mundo a melhor
de suas impressões.
No dia 9 de janeiro de 1970,
no Real Hospital Português, na cidade do Recife - Pernambuco -, rodeado de
parente e amigos, o grande compositor fechou os olhos, rumando em direção a uma
das outras moradas da casa do excelso Pai.
Fonte:onordeste.com
Texto de Penuel Pereira
Ramos publicado na contra-capa do LP Centenário Levino Ferreira, em 1990.

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