quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Impeachment no Senado: aliados de Dilma têm questões de ordem rejeitadas

 Karine Melo e Carolina Gonçalves – Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Começa sessão de julgamento do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff no Senado(Marcelo Camargo/Agência Brasil)



Brasília - Começa sessão de julgamento do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff no SenadoMarcelo Camargo/Agência Brasil

O jantar, na noite de ontem (24), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) com o presidente interino Michel Temer foi questionado nos primeiros momentos da sessão de julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, reservados para questões de ordem sobre o processo.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou o encontro às vésperas do início do julgamento e afirmou que Renan não poderia ter declarado a possibilidade de uma antecipação do julgamento. Usando um tom mais duro, Lindbergh afirmou que Temer tem pressa "gigantesca” em concluir o processo por “medo das delações” firmadas na Operação Lava Jato. “Neste jantar o presidente Renan tinha falado em terminar o julgamento no dia 30. Temos um julgamento. As testemunhas estão confinadas. Neste momento somos juízes e juízes não podem negociar com as partes”, disse.
Lewandowski tentou amenizar o clima, assegurando que o julgamento tem prazo para começar, mas não tem prazo para terminar. “Desenvolveremos os trabalhos com muita tranquilidade, respeitando o processo legal”, disse. Ainda assim, a atual base governista reagiu.
O líder tucano, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) lembrou que Renan também visitou a presidenta afastada Dilma Rousseff. “Não há o que se estranhar que o chefe de um Poder esteja com o chefe de outro Poder. Renan sequer se manifestou com seu voto nas etapas que antecedem o julgamento”, disse Cunha Lima. Já o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO) reclamou das inúmeras questões de ordem apresentadas com a mesma temática com o objetivo de "procrastinar" a sessão.
"Não vamos permitir sermos acusados de procrastinar e de chicanas. Não é o objetivo atrasar. Achamos importante pedir questões de ordem para mostrar nossos posicionamentos”, rebateu Lindbergh.

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