Alana Gandra -
Repórter da Agência Brasil
Um projeto que tem por objetivo a
preservação de abelhas sem ferrão começou a ser executado esta semana pelo
Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Um espaço para a criação desse tipo de
abelha está funcionando ao lado do Orquidário e é aberto ao público. A iniciativa
do projeto chamado de Meliponário é do Laboratório de Fitossanidade da
instituição.
A engenheira agrônoma Maria Lucia
Teixeira Moscatelli, responsável pelo laboratório, disse que o projeto vai
atuar na preservação e no incremento da população de abelhas sem ferrão. “Esta
ação é importante diante da condição de ameaça de extinção dessa espécie de
abelha e de seu papel na reprodução e perpetuação de muitas espécies de plantas
nativas e manutenção da biodiversidade”.
De acordo com ela, o projeto vai “informar
o público sobre a existência e o papel das abelhas sem ferrão, visando
conscientizar e até mesmo estimular a criação desses animais”, afirmou à Agência
Brasil.
“Nas florestas brasileiras, as
abelhas sem ferrão são os principais agentes de transporte de pólen e
fecundação para grande parte das árvores. Elas viabilizam a reprodução através
da polinização cruzada, aumentando também a produtividade das plantas
cultivadas e, consequentemente, a produção de frutos e sementes”, ressaltou a
pesquisadora.
Segundo Maria Lucia, a extinção de
espécies de abelhas nativas implica na extinção de espécies vegetais e no
desequilíbrio dos ecossistemas. “As abelhas sem ferrão produzem ainda própolis,
cera e mel, podendo sua criação gerar recursos e servir como excelente
instrumento de preservação ambiental”, acrescentou.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL
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